sábado, 22 de dezembro de 2012

Paleozóico e final do Pérmico

O Paleozóico, Era geológica, (542 milhões de anos atrás até 251 milhões de anos atrás) representa aproximadamente metade do Fanerozóico e é delimitado por dois do mais importantes eventos na história da vida animal
No seu ínicio, no Câmbrico, os seres multicelulares sofreram uma explosão dramática em diversidade, a chamada explosão câmbrica, que consistiu no rápido aparecimento e evolução, há cerca de 530 milhões de anos, da maioria dos filos animais, como demonstrado no registo fóssil. Tal explosão foi acompanhada pela diversificação de organismos como Fitoplâncton e Calcimicróbios. No extremo oposto do Paleozóico, há 251 milhões de anos, e marcando a passagem para o Mesozóico, encontra-se a extinção Permo-Triássica, evento extremo que resultou na morte de aproximadamente 95% das espécies marinhas e 70% das espécies continentais. As causas de tal extinção não estão ainda totalmente compreendidas e continuam a ser alvo de muita pesquisa

Durante o Paleozóico, houve seis massas continentais mais importantes, cada uma delas era constituída por diferentes partes dos continentes modernos. A Era Paleozóica é delimitada pelas épocas dos mega-continentes. A era iniciou-se com a separação do mega-continente Pannotia, no Câmbrico, e acaba com a formação da Pangeia, no Pérmico, aquando da união, novamente, das massas terrestres continentais.
Muitas das rochas do Paleozóico são economicamente importantes, por exemplo, muitos dos calcários para construção civil e ornamentação, bem como depósitos de carvão na Europa Ocidental e Costa Leste dos Estados Unidos da América foram formados durante o Paleozóico.

Divisões do Paleozoico

O Paleozoico divide-se em seis Períodos: Câmbrico, Ordovícico, Silúrico, Devónico, Carbonifero e Pérmico sendo a maioria destes nomes provenientes dos pontos geográficos no globo terreste onde as rochas de cada período foram pela primeira vez estuda das. As plantas evoluiram rapidamente, e no final do Devónico, as florestas de Progymnosperms dominavam a paisagem. No final do Pérmico deu-se a grande extinção do Pérmico-Triássico, 251,4 milhões de anos atrás, que devastou a biota marinha, provocando o desaparecimento de organismos como as trilobites e algumas espécies de corais, e o quase deperecimento de organismos como  crinodeoa, que apesar de terem sobrevivido, não mais dominaram o ambiente marinho.
No íncio do Paleozóico, nos mares dominava a fauna do Câmbrico como trilobites, Brachiopodes , monoplacophoran molluscs e archaeocyathids.
No final do Ordovícico, a vida já não se encontrava confinada aos mares, as plantas começaram a colonizar terra, no Silúrico os invertebrados dominavam zonas de baixa coluna de água e no Devónico Superior aparecerem os vertebrados

 Pérmico

Dentro da Era do Paleozóico, mais especificamente encontra-se o período Pérmico do qual iremos analisar mais pormenorizadamente no post seguinte, os dois andares do Pérmico Superior, o Wuchiapingiano (260 - 253,8 Milhões de anos atrás) e o Changhsingiano (253,8 - 251,0 milhões de anos atrás) . O Pérmico Superior durou, aproximadamente o mesmo tempo que a Época anterior, o Pérmico Médio (aproximadamente 9 milhões de anos) e foi um período marcado por um grande stress nos ecosistemas na medida que o clima se tornava mais árido e o já formado mega-continente Pangeia não oferecia muito espaço para a diversidade. Ao longo do Permico, o número  de espécies de invertebrados tendeu a decrescer. No final do Lopingiano houve um período de enorme vulcanismo na região que actualmente consideremos como a Sibéria, que provocou stresses nos ecossistemas ao introduzir chuva ácida na atmosfera.
Finalmente, no final do period parece haver, ou um period tremendo de vulanismo ou um impacto de um corpo extra-terrestre (possivelmente um cometa ou asteroide gigante, semelhante aquele que matou os dinossauros), 95% das espécies morreram num período curto após o impacto. A era Paleozóica chega ao fim e as novas espécies tomam conta dos ecosistemas


Fauna e Flora







Nos secos ambientes do final do Pérmico, muitos tipos de Synapsids e répteis floresceram. O gigante Dinocephalians (imagem da esquerda) do Pérmico médio desapareceu mas o grande Pareiasaurus (imagem á direita) ainda vagueava os terrenos Pérmicos, partilhando o mundo com diversos tipos de animais que também sobreviveram, incluindo o Gorgonopsians Inostrancevia, o pequeno Therocephalian, o recém evoluído, estilo mamífero Procynosuchus e uma elevada diversidade de herbívoros como o Dicynodonts.


 Um grande número de pequenos insectívoros, répteis estilo lagartos como a Paliguana, habitavam a paisagem. Finalmente, os anfíbios, embora reduzidos em número, estavam presentes e incluíam animais de grande porte. O aquático Rhinesuchid Temnospondyls era claramente o sucessor dos Melosaurs do Pérmico médio.
Embora sendo os maiores animais na altura, de temível olhar, mas herbívoros, os Pareiasaurs não eram, no entanto, livres de provocar o perigo. Tendo sobrevivido ao carnívoro Anteosaurian Dinocephalians, os Gorgonopsians anteriormente pequenos e insignificantes tinham evoluído para formas grandes (até o tamanho de um leão moderno ou urso).
Estes animais, o equivalente do gato com dentes de sabre da era Cenozóica, usavam os seus caninos enormes para derrubar os Pareiasaurs. Os Gorgonopsians e os Pareiasaurs podem até ter formado um "par de co-adaptação". Ambos os grupos tornou-se simultaneamente extinto e no final do Permiano.

Fonte: "Late Permian"  International Commission on Stratigraphy http://www.stratigraphy.org/bak/geowhen/stages/Late_Permian.html



                                                            Resumo do Pérmico, a partir do minuto 1:42

Texto escrito por Diogo Fontes Estevens, ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

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