segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ol Doinyo Legai

As lavas do Ol Doinyo Lengai, na Tanzânia. Único vulcão carbonatitico activo do mundo, integrado na gigante falha da Etiópia que um dia irá dividir o continente Africano em dois. O magma expelido de pequenos necks tem a temperatura mais baixa de todos os magmas, cerca de 400 graus

domingo, 30 de dezembro de 2012

Documentário - Extinção do Pérmico

Da série Documental "Armageddon Animal" do canal Animal Planet, o episódio 5 "O Grande Extermínio" que estreou a 3 de Setembro de 2009, fala sobre a extinção que marca o final do Pérmico da qual falámos no post anterior. Este episódio, dobrado em espanhol, passou na TVE em 2010. 
Sinapse: 250 milhões de anos atrás , as estepes Siberianas explodem num vulcão activo. A erupção causa estragos nos ecossistemas terrestres devido ao stress causado e ás mudanças climáticas provocadas por erupções de basalto, que levou também á mudança da composição química da atmosfera.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Lopingiano e os seus dois andares - Wuchiapingiano e Changhsingiano



O Lopingiano constitui a última subdivisão do final do Pérmico, após o Guadalupiano. Está dividido em dois andares iniguais, o longo Wuchiapingiano e o curto (de apenas 2 milhões de anos) Changhsingiano . Os dois andares do Lopingiano devem o seu nome a localidades chinesas nas quais os fósseis e estratos de rochas desta idade afloram com frequência e numa série continua. Como parte da ultima revisão da estrtigradia do Pérmico, o termo Lopingiano substitui termos utilizados anteriormente como Pérmico Superior e Zechstein.

Um juvenil Scutosaurus Pareiasaur vítima de um Gorgonopsid Superpreditor Inostrancevia
Imagem - Coluna Estratigráfica e fósseis que separam o Wuchiapingiano


Wuchiapingiano

 Do Mandarim "Wu Family Flatland" é uma área de Liangshan, na província de Hanzhong Shaanxi. É também a primeira e mais antiga de duas subdivisões do Lopingiano. Em termos cronológicos, vai desde os 259,9 +/- 0.4 até aos 554,2 +/- 0.1 milhões de anos atrás e é precedido pelo Capitaniano e seguido do Changhsingiano

Definições Estratigráficas
O nome Quchiapingiano foi pela primeira vez usado em 1962, quando as séries do Lopingiano do Sudoeste da China foram divididas nas formações do Changhsingiano e Wachiapingiano. Em 1973 o termo foi pela primeira vez usado como uma unidade cronoestratigráfica.
A base do Wuchiapingiano está definida como o local da estratigrafia litológica no qual os fósseis da espécie Conodont Clarkina Postbitteri Postbitteri (imagem abaixo, parte de cima de D) aparece pela primeira vez sendo a sua referência global localizada perto de Laibin, na provincia chinesa de Guangxi
O topo do Wuchiapingiano ( e base do Changhsingiano) situa-se nos primeiros registos estratigráficos de fosseis de Clarkina wangi também da espécie conodont (imagem abaixo, parte de baixo de D)
Imagem - base do Wuchiapingiano e localização geográfica na China

Changhsingiano 

 Na escala de tempo geológico, o Changhsingiano é o último andar do Pérmico Superior e da série Lopingiano. o Changhsingiano durou desde 254,2 +/- 0,1 até 252,2 +/- 0.5 milhões de anos, foi precedido pelo Wuchiapingiano e seguido pelo Thelndiano. Ficou marcado pelo maior evento de extinção em massa do Éon Fanerozóico ficando o pico da extinção marcado no milhão de anos ante do fim do andar.

Definições Estratigráficas
O Changhsingiano deve o seu nome á região chinesa de Changxing e aos Calcários que ai afloram, que marcam as suas séries. Como já mencionado mais acima aquando da descrição do Wuchiapingiano, a primeira fase do andar é marcada pelo aparecimento de registos fósseis de Clarkina Wangi. O topo é marcado pelo aparecimento de fósseis de Hindeodus parvus, também das espécies de Conodont.
O Changhsingiano contém apenas uma biozona de amonite, do género Iranites
                   Imagem - base do Changhsingiano e localização geográfica na China

Paleontologia 
O Chaghsingiano termina com o evento de extinção em massa conhecido como  "P-Tr extinction event", no qual tanto a fauna como a flora foram devastadas e que marca a fronteira entre os periodos geológicos Pérmico e Triássico. É o período de extinção em massa mais severo, no qual aproximadamente 96% da vida marinha e 70% da vida terrestre se extinguiram. Devido ao facto de se ter perdido a maior parte da diversidade, a recuperação da vida na Terra levou significativamente mais tempo do que qualquer outro evento extintivo, possivelmente até 10 milhões de anos.

Texto escrito por Diogo Fontes Estevens, ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

Fontes:
https://engineering.purdue.edu/Stratigraphy
http://palaeos.com/paleozoic/permian/changhsingian.html
http://palaeos.com/paleozoic/permian/wuchiapingian.html

sábado, 22 de dezembro de 2012

Paleozóico e final do Pérmico

O Paleozóico, Era geológica, (542 milhões de anos atrás até 251 milhões de anos atrás) representa aproximadamente metade do Fanerozóico e é delimitado por dois do mais importantes eventos na história da vida animal
No seu ínicio, no Câmbrico, os seres multicelulares sofreram uma explosão dramática em diversidade, a chamada explosão câmbrica, que consistiu no rápido aparecimento e evolução, há cerca de 530 milhões de anos, da maioria dos filos animais, como demonstrado no registo fóssil. Tal explosão foi acompanhada pela diversificação de organismos como Fitoplâncton e Calcimicróbios. No extremo oposto do Paleozóico, há 251 milhões de anos, e marcando a passagem para o Mesozóico, encontra-se a extinção Permo-Triássica, evento extremo que resultou na morte de aproximadamente 95% das espécies marinhas e 70% das espécies continentais. As causas de tal extinção não estão ainda totalmente compreendidas e continuam a ser alvo de muita pesquisa

Durante o Paleozóico, houve seis massas continentais mais importantes, cada uma delas era constituída por diferentes partes dos continentes modernos. A Era Paleozóica é delimitada pelas épocas dos mega-continentes. A era iniciou-se com a separação do mega-continente Pannotia, no Câmbrico, e acaba com a formação da Pangeia, no Pérmico, aquando da união, novamente, das massas terrestres continentais.
Muitas das rochas do Paleozóico são economicamente importantes, por exemplo, muitos dos calcários para construção civil e ornamentação, bem como depósitos de carvão na Europa Ocidental e Costa Leste dos Estados Unidos da América foram formados durante o Paleozóico.

Divisões do Paleozoico

O Paleozoico divide-se em seis Períodos: Câmbrico, Ordovícico, Silúrico, Devónico, Carbonifero e Pérmico sendo a maioria destes nomes provenientes dos pontos geográficos no globo terreste onde as rochas de cada período foram pela primeira vez estuda das. As plantas evoluiram rapidamente, e no final do Devónico, as florestas de Progymnosperms dominavam a paisagem. No final do Pérmico deu-se a grande extinção do Pérmico-Triássico, 251,4 milhões de anos atrás, que devastou a biota marinha, provocando o desaparecimento de organismos como as trilobites e algumas espécies de corais, e o quase deperecimento de organismos como  crinodeoa, que apesar de terem sobrevivido, não mais dominaram o ambiente marinho.
No íncio do Paleozóico, nos mares dominava a fauna do Câmbrico como trilobites, Brachiopodes , monoplacophoran molluscs e archaeocyathids.
No final do Ordovícico, a vida já não se encontrava confinada aos mares, as plantas começaram a colonizar terra, no Silúrico os invertebrados dominavam zonas de baixa coluna de água e no Devónico Superior aparecerem os vertebrados

 Pérmico

Dentro da Era do Paleozóico, mais especificamente encontra-se o período Pérmico do qual iremos analisar mais pormenorizadamente no post seguinte, os dois andares do Pérmico Superior, o Wuchiapingiano (260 - 253,8 Milhões de anos atrás) e o Changhsingiano (253,8 - 251,0 milhões de anos atrás) . O Pérmico Superior durou, aproximadamente o mesmo tempo que a Época anterior, o Pérmico Médio (aproximadamente 9 milhões de anos) e foi um período marcado por um grande stress nos ecosistemas na medida que o clima se tornava mais árido e o já formado mega-continente Pangeia não oferecia muito espaço para a diversidade. Ao longo do Permico, o número  de espécies de invertebrados tendeu a decrescer. No final do Lopingiano houve um período de enorme vulcanismo na região que actualmente consideremos como a Sibéria, que provocou stresses nos ecossistemas ao introduzir chuva ácida na atmosfera.
Finalmente, no final do period parece haver, ou um period tremendo de vulanismo ou um impacto de um corpo extra-terrestre (possivelmente um cometa ou asteroide gigante, semelhante aquele que matou os dinossauros), 95% das espécies morreram num período curto após o impacto. A era Paleozóica chega ao fim e as novas espécies tomam conta dos ecosistemas


Fauna e Flora







Nos secos ambientes do final do Pérmico, muitos tipos de Synapsids e répteis floresceram. O gigante Dinocephalians (imagem da esquerda) do Pérmico médio desapareceu mas o grande Pareiasaurus (imagem á direita) ainda vagueava os terrenos Pérmicos, partilhando o mundo com diversos tipos de animais que também sobreviveram, incluindo o Gorgonopsians Inostrancevia, o pequeno Therocephalian, o recém evoluído, estilo mamífero Procynosuchus e uma elevada diversidade de herbívoros como o Dicynodonts.


 Um grande número de pequenos insectívoros, répteis estilo lagartos como a Paliguana, habitavam a paisagem. Finalmente, os anfíbios, embora reduzidos em número, estavam presentes e incluíam animais de grande porte. O aquático Rhinesuchid Temnospondyls era claramente o sucessor dos Melosaurs do Pérmico médio.
Embora sendo os maiores animais na altura, de temível olhar, mas herbívoros, os Pareiasaurs não eram, no entanto, livres de provocar o perigo. Tendo sobrevivido ao carnívoro Anteosaurian Dinocephalians, os Gorgonopsians anteriormente pequenos e insignificantes tinham evoluído para formas grandes (até o tamanho de um leão moderno ou urso).
Estes animais, o equivalente do gato com dentes de sabre da era Cenozóica, usavam os seus caninos enormes para derrubar os Pareiasaurs. Os Gorgonopsians e os Pareiasaurs podem até ter formado um "par de co-adaptação". Ambos os grupos tornou-se simultaneamente extinto e no final do Permiano.

Fonte: "Late Permian"  International Commission on Stratigraphy http://www.stratigraphy.org/bak/geowhen/stages/Late_Permian.html



                                                            Resumo do Pérmico, a partir do minuto 1:42

Texto escrito por Diogo Fontes Estevens, ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Geoistória - Câmbrico (542 a 488,3 M.a)




Fig. – Branquiópodes
Os climas do mundo neste período eram suaves, não houve glaciações. A maior parte de América do Norte estava localizada a latitudes tropicais e temperadas do sul, o que permitiu o crescimento de recifes. Além dos animais de corpo mole, apareceramm no mar, outros com carapaças duras alguns com pernas e outros apêndices. Apareceu a maioria dos principais grupos de animais, entre eles os anelídeos, artrópodes, branquiópodes, equinodermes, moluscos e esponjas.

Fig.–equinodermes 
Os vegetais eram apenas representados por algumas algas marinhas. A terra não apresentava qual quer cobertura vegetal.









Texto escrito por Celso Rodrigues

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Geoistória - Pérmico (299 a 251 Ma)





Neste período os continentes aglomeram-se numa única massa, denominado supercontinente Pangeia . Relativamente à fauna terrestre, foi dominada por insectos semelhantes a baratas e animais que não se asemelhavam nem com répteis nem com mamíferos (o conhecido grupo dos Synapsida). Havia anfibios com tamanhos gigantescos, e no mar, tubarões primitivos, branquíopodes, moluscos cefalópodes, trilobites e artópodes gigantescos como Euriptéridos ou escorpiões do mar. 
Os únicos seres voadores do período eram parentes gigantes das libélulas. A flora era caracterizada por árvores do género Glossopteris. No final do período é marcada por uma extinção em massa de proporções nunca antes ocorridas, denominada extinção Pérmica.

Texto escrito por Celso Rodrigues




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fóssil Característico




Fóssil característico é um fóssil que nos fornece indicações, quer quanto à idade, quer quanto às características do ambiente onde se formaram (fácies dos terrenos que o contêm o fóssil): Os primeiros dizem-se fósseis de idade, estes possuem como características a ampla distribuição geográfica e a pequena longevidade, isto é, são constituídos por formas que tiveram período de grande expansão geográfica mas experimentaram evolução biológica rápida, de modo que apenas se encontram em pequena espessura de sedimentos e faltam totalmente nos que se lhes sobrepõem e nos que lhes estão subjacentes;

Os segundos, fósseis de fácies, estes são os que fornecem indicações, quer quanto ao meio em que viveram as formas vivas de que derivaram, quer quanto às condições de formação dos terrenos que os contêm.


Texto escrito por Celso Rodrigues